Existência e Relacionamento

A matéria do nível quântico, devemos ter em mente, não é muito "material", certamente não no sentido que seria reconhecido por Descartes ou Newton. No lugar das íntimas bolinhas de bilhar movidas por contato ou por forças, há apenas uns tantos padrões de relacionamento ativo, elétrons e fótons, mésons e núcleons que nos irritam com suas ardilosas vidas duplas; ora são posição, ora momento, ora partícula, ora onda, ora massa, ora energia — e todos reagindo entre si e com o ambiente.

Existência e relacionamento são um só emaranhado na esfera quântica, como na vida diária. São os dois lados da moeda quântica e são basicamente o que queremos dizer com a dualidade onda—partícula. Assim como a mente e o corpo são os dois lados da existência humana, aquele alerta, ou percepção de fundo não focalizado, e o pensamento concentrado são os dois lados de nossa vida mental.
[...]
Em qualquer sistema quântico de duas ou mais partículas, cada partícula tem igualmente "capacidade de ser" e "capacidade de se relacionar", a primeira devido a seu aspecto partícula, a segunda devido ao aspecto onda. Por força do aspecto onda e das coisas que ele permite que ocorram é que os sistemas quânticos apresentam uma espécie de relacionamento íntimo, definitivo entre seus membros constitutivos que não existe nos sistemas clássicos.
Se temos, por exemplo, um grupo de bolas de bilhar newtonianas saltando dentro de uma caixa, elas têm realmente um relacionamento umas com as outras. Elas colidem e alteram a posição e o momento umas das outras. Elas impedem que outra ocupe o mesmo lugar ao mesmo tempo. Elas se atraem devido à força da gravidade e, se eletricamente carregadas, poderão atrair-se ou repelir-se conforme o caso. Algumas, se maiores ou mais elásticas que as outras, poderão ser vistas como dominando as menores e menos elásticas.

Autora: Dana Zohar
Do livro: O ser Quântico

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