O Poder da Palavra
A palavra tem força. Isso, todos sabemos. O que pouca gente sabe, ou
esquece, é que a palavra cura. Aliás, a palavra também adoece. Com base nesta
constatação, precisamos saber usá-la para que ela não produza o mal.
Refiro-me à palavra dita e
sentida, ou pronunciada simplesmente. Portanto, todo o cuidado é pouco em
relação ao que proferimos. Através dela, emitimos energia de desejo, que pode
ser negativo ou positivo, dependendo das nossas reais intenções. Mesmo aquilo
que é falado de forma irônica ou "sem maldade" pode plasmar no universo forças para torná-lo realidade.
Muita gente gosta de
esbravejar e outras estão viciadas em vocábulos de baixo calão. Se elas vissem
a cor, a textura e as formas que saem da sua boca, delineadas pelo seu
pensamento e sentimento, certamente refletiriam melhor antes de proferir coisas
imundas. Mas a palavra tem a cor, a forma e o cheiro que existem em nós. Ou
seja, ela só reflete aquilo que realmente pensamos e sentimos.
No entanto, e por milagre de
Deus, da mesma boca que saem coisas sujas, saem também coisas boas, quando
estão impregnadas de sentimentos puros. É difícil ver isso em gente que só
vibra na dor, na inveja, no ódio, no desprezo, na maldade, ainda que dissimulada.
Infelizmente, muitos indivíduos vibram nesta energia ruim. Mas, como eu disse,
num lapso de generosidade, eles mudam o seu padrão negativo.
Através da palavra, podemos
emitir energias puras de carinho, respeito, admiração, amor, força,
solidariedade, etc. Também, através dela, podemos amaldiçoar, caluniar,
denegrir, destruir, humilhar, produzir doenças, machucar ou conspirar. Tudo
depende da energia que habita em nós.
Somos o que somos porque a
palavra nos moldou assim. A criação do mundo surgiu do verbo, nossas vidas
estão como estão (bem ou mal) porque o verbo que proferimos (ou melhor,
produzimos) reforça no éter universal a plasticidade doentia ou sadia das
nossas emoções. Muita gente, adoecida psicologicamente, diz assim: "eu não consigo, sou incapaz/incompetente", "Deus/o mundo
não gosta de mim", "Tudo
dá errado pra mim", "Ninguém me respeita/gosta
de mim", "Vivo
para sofrer", "Fulano(a)
é mais feliz do que eu", e outros tantos mantras alimentados
pela psicologia adoecida das nossas razões.
Estas pessoas não sabem, ou
não se tocam, que estão, continuamente, fazendo mal para si, pois reforçam
perante o Universo a realidade que vivenciam. E estranhamente, acreditem,
desenvolvem um prazer mórbido em viver assim, ainda que neguem
inexoravelmente. Como resultado, torna-se mínima a possibilidade de mudança. Ou
seja, a oportunidade de vivenciarem o oposto daquilo que acham merecer.
É difícil encontrar alguém que
sinta, pense e deseje viver bem, ainda que não tenha ou não usufrua de tudo o
que deseja. Que fale coisas positivas para si ou para os outros de forma
sincera, no sentido de não estragar os fatos já prejudicados. Que perceba algo
de bom naquilo que parece mal e que aproveite as experiências, supostamente
ruins, como um aprendizado de vida e de luz. Mas que sempre esteja com o
pensamento firme no bem que pode fazer a si e no mal que pode evitar. No geral,
diante do aperto, as pessoas degringolam.
Não se deve confundir,
entretanto, o uso negativo da força da palavra com o sagrado direito de se indignar,
de criticar, de expor opiniões discordantes, de dizer o que pensa a quem merece
ouvir, de expressar desconforto, chateação ou inconformismo com determinadas
situações. Usar a força do verbo não siginifica expressar o que os outros
querem ouvir. Significa falar aquilo que sentimos, porém, sabendo que, por se
tratar de uma energia poderosa, deve ser bem empregada.
Vale dizer ainda que não
adianta proferir coisas auditivamente positivas, no entanto, vazias de energia
semelhante. É preciso que ao desejarmos algo, o nossoEu produza,
também, um fluxo capaz de impregnar o que falamos. Só assim o Universo (interno e externo) nos mostrará outra realidade. Sem perceber, as pessoas materializam o
seu mundo de forma oposta ao que desejam (princípio da incongruência), e, por isso, não conseguem mudar a frequência das suas intenções.
Para finalizar, sou estudioso
do quantum existente nos
seres, mas deixo aqui uma passagem da Bíblia que merece
reflexão sobre o poder da palavra. Os grifos e negritos são meus. (João1:1-5) "No princípio era o Verbo,
e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio (e está agora) com Deus. Todas as coisas foram
feitas por ele (verbo), e sem ele nada do que foi feito se
fez. Nele (verbo) estava a vida, e a vida era a luz (quanta) dos homens.
Autor: Gesiel Albuquerque
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