Me oponho a Drummond
Como todo poeta ousa escrever
Eu quero pintar um soneto claro
Molhado, desabafado, fácil de ler
E que, no santo ar imaturo
Ao mesmo tempo não saiba ser, ser
Esse meu verbo simpático e puro
Há de pungir, há de fazer viver
Tendão de marte, sobre o enfarte
enquanto o futuro Simples enigma,
não nos faz surpreender
Autor: Gesiel Albuquerque
Eu quero pintar um soneto claro
Molhado, desabafado, fácil de ler
Quero que meu soneto no presente
Desperte em todos algum prazerE que, no santo ar imaturo
Ao mesmo tempo não saiba ser, ser
Esse meu verbo simpático e puro
Há de pungir, há de fazer viver
Tendão de marte, sobre o enfarte
Todos o lembrarão: tiro no claro
Cão urinando no poste, enquanto o futuro Simples enigma,
não nos faz surpreender
Autor: Gesiel Albuquerque
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